"Jesus, lembra-te de mim..."

Três cruzes...


Na cruz do meio, JESUS, o Cordeiro de Deus; a Água, que sacia a sede; a Luz, que ilumina as trevas; o Pastor que busca a ovelha perdida; Aquele que sem Ele nada do que foi feito se fez; Aquele que sendo rejeitado pelos seus, no momento em que foi pregado na cruz, em meio à sua dor, humilhação, vergonha... em meio aos escárnios, disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem"; o Santo de Deus!

Nas outras, dois malfeitores.

Um deles reuniu as forças que tinha no seu momento de sofrimento, de proximidade da morte, para dizer, zombando: "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também."Lc 23.39b Pensava ele que Jesus não o conhecia? Pensava ele que Jesus não sabia de sua vida? De seus pensamentos? Nem precisava falar...

Silêncio de Deus...  Jesus nada disse.

O outro, embora tivesse escarnecido a princípio, passava por uma transformação em seu interior... Nascia de novo. Estava se tornando nova criatura, as coisas velhas estavam passando, estavam e se fazendo novas. Este reuniu também suas forças, naquele momento difícil, mas para repreender o outro. "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?"

No seu coração, creu que quem estava naquela cruz, ao seu lado, era Deus!

E reconheceu que era um pecador, pois continuou: "Nós na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que nossos atos merecem..." Lc. 23.41a

Continou a dizer as últimas palavras ao segundo malfeitor: "...mas este nenhum mal fez."Lc.23.41b NENHUM MAL FEZ! Era Santo! Reconheceu a santidade de Jesus!

E se dirigiu ao Senhor, num gesto de fé de que Aquele podia lhe amar, perdoar, salvar e lhe dar uma parte em seu reino, mesmo tendo vivido a vida que viveu e tendo até escarnecido do Salvador pouco tempo antes:

"JESUS, LEMBRA-TE DE MIM QUANDO VIERES NO TEU REINO."Lc. 23.42

A este Jesus respondeu, a este que se reconheceu como pecador, que reconheceu o Senhor como Deus, como Santo, como Salvador. "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso"Lc. 23.43b

Três horas depois, Jesus clamou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!" E, sendo dia, houve trevas sobre toda a terra. O véu do santuário, que separava os homens da presença de Deus, rasgou-se ao meio. Estava aberto o caminho do homem para Deus. Jesus é o CAMINHO!

A multidão, que a tudo assistira, retirara-se "a lamentar, batendo nos peitos".Lc. 23.48b