A vida tem um ciclo natural: Nascemos, vivemos nossa infância, crescemos, tornamo-nos adultos, envelhecemos e morremos. Mas o interessante é que passamos por todo esse ciclo nos sentindo os mesmos por dentro. Não sei se posso afirmar com certeza, mas é como se não existisse uma alma criança, adolescente... a consciência de nossa existência é uma só.
Eu me sinto a mesma que, aos treze anos, apagava a luz da sala, deitava-me no chão, ouvindo música, para sonhar acordada com um futuro provável...Teria eu filhos ou filhas? Onde moraria? Em que trabalharia? ... Também a mesma que, aos cinco anos, correu para o quarto de papai para ouvir a mais nova decisão da casa: Eu e minha irmã iríamos começar a estudar... A mesma que subia no telhado de casa para dar um show para os vizinhos, tocando guitarra de plástico...
Mas não escrevo para falar simplesmente dessa sensação de ser a mesma. Quero falar de, sendo a mesma, às vezes, querer o acochego de criança na minha relação com Deus. Penso como seria bom poder sentar "no seu colo". Inclinar a cabeça "sobre seu peito."
Deus é espírito. Isso é um fato. Mas nosso Senhor é tremendo!!! Sabe todas as coisas e do que precisamos. De repente, deparei-me com este texto:
"Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós, a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno. Até a vossa velhice eu serei o mesmo, ainda até as cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei."Is. 46:3,4
Que Deus carinhoso!!! Maravilhoso! Deus de amor!!!
Agora imito Oswald de Andrade, nada de "Carrega-me", eu quero dizer é:
Me carrega, Pai!
Em Jesus.
Suzani
E quantas vezes Ele nos carrega mas a dor ou a imaturidade espiritual, camufla nossa percepção. Só a intimidade com Ele revelará todos esses momentos.
ResponderExcluirArutr Viana pediu que postasse por ele, já que não conseguiu fazê-lo:
ResponderExcluir"Bom saber que existem braços acolhedores que nos embalam, melhor ainda é experimentar regaço tão materno. A Palavra de Deus, pelo que já compreendemos, nos apresenta, nas entrelinhas de quase todo o Livro Sagrado, um atributo de Deus, Aquele que é ciumento e carinhoso, misericordioso e que tudo perdoa, justo, mas muito terno e carinhoso. Algumas vezes o escritor sagrado, não podendo mais se controlar, deixa escapar palavras altamente comoventes, o que é de se não esperar em alguns livros antigo-testamentais. Mesmo no Saltério, um Deus vingador encontramos e ao mesmo tempo um Deus tão carinhoso e bom que não O resistimos, mesmo à dureza de sua vingança, Ele é sempre bom e misericordioso. Mas é em Jesus Cristo que aprendemos a condensar em uma única palavra todos os verdadeiros atributos de Deus. Ele é o Santo do Sinai? Sim, é! É o Deus Forte e Vencedor de Israel? Com certeza! Mas acima de tudo é o Pai mais amoroso e amante da terra, tão terno e carinhoso que, se não fosse a repressão religiosa do tempo do Mestre, Ele nos seria mostrado não como um pai, mas sim, e de fato, como uma MÃE, a maior da terra! "Mãe nossa que estais nos céus..."
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ResponderExcluirObrigada pelo comentário, meu irmão. Mas talvez tenhamos conceitos diferentes de "aconchego". Não encontro palavra melhor para definir o que sinto em alguns momentos de minha vida.
ExcluirA paz do Senhor sobre sua vida.